sexta-feira, 30 de março de 2012

O Monstro em baixo da cama


Já era madrugada e todos dormiam na casa. No quarto, Lucas dormia tranquilamente quando sentiu uma batida vindo debaixo de sua cama. Lucas acordou imediatamente com o susto e seu coração quase saiu pela boca. - O que foi isso?! - Pensou. Deduziu que devia estar tendo algum sonho ruim e voltou a fechar os olhos.

Quando já contava o 12º carneirinho sentiu novamente uma batida vindo debaixo de sua cama. Como qualquer criança de 5 anos, fez a coisa que achava mais certa naquela situação: se escondeu em baixo do cobertor e fechou os olhos com bastante força como se isso o tornasse invisível. Não adiantou. Lucas sentiu mais três batidas. Tum, tum, tum. O menino não teve dúvidas. - PAPAI, PAPAI, TEM UM MONSTRO EM BAIXO DA MINHA CAMA! - gritou o menino e voltou a se esconder em baixo do cobertor, esperando que seu pai aparecesse o mais rápido possível.

O papai do Lucas apareceu ainda bocejando na porta do quarto.

- O que foi, Lucas? - perguntou o pai
- Tem um monstro em baixo da minha cama! - respondeu o menino.
- Lucas, esta historia de monstro não existe - respondeu o pai, impaciente.
- Mas papai, eu ouvi. Por favor, olha em baixo da minha cama - pediu o menino
- Filhinho - respondeu o pai já se abaixando para olhar em baixo da cama - eu já te falei mais de mil vezes que esta história de monstros não existem e... AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARRRRRRRRRRRGGGGGGG!!!!!!!

O pai de Lucas tomou um enorme susto e caiu de bumbum no chão. Ao ver a cena e o grito do pai, Lucas ficou paralisado e só conseguia gritar junto com seu pai. De repente, algo saiu correndo debaixo da cama e fugiu do quarto. Na verdade, não era monstro nenhum. Era apenas Totó, o cachorro da família, que havia entrado escondido no quarto do menino para dormir de baixo de sua cama.

Lucas olhou para o pai e os dois caíram na gargalhada. Depois daquele dia, Lucas nunca mais chamou seu pai para espantar monstros em baixo de sua cama mas, mesmo assim, todos as noites o menino deixava Totó entrar escondido em seu quarto pro caso de algum monstro aparecer por lá.

terça-feira, 20 de março de 2012

Contação de Histórias

Hoje estamos iniciando uma nova coluna neste blog chamada "Conta pra vocês", com dicas de músicas, atrações, brincadeiras e tudo mais que a criançada gosta. No post de hoje falaremos sobre as contações de histórias que acontecem aos sábados, no Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza.

No último sábado (17/03) peguei o meu pequeno, sobrinha e a vovó e fomos conferir a atração. No palco, fazendo a alegria da criançada estava o Grupo Zip e Zap Contos e Canções com o espetáculo Varal de Histórias e Canções. O grupo é formado por contadores de histórias profissionais que mesclam músicas, histórias e brincadeiras para prender a atenção dos pequenos e levar a platéia ao mundo da imaginação, utilizando-se de recursos como a interpretação, fantoches e bonecos.

 
Grupo Zip e Zap Contos e Canções 

A contação de histórias acontece todos os sábados, às 18h no Centro Cultural Dragão do Mar (no espaço Rogaciano Leite Filho) e é diversão garantida para a garotada. Ah, e ainda por cima é de graça. Vale a pena conferir!

Confira abaixo a matéria do que rola no show.


Serviço:
Contação de histórias no Dragão do Mar
Data/hora: Sábados, às 18h
Entrada Grátis.

Para saber mais sobre o Centro Cultural Dragão do Mar, clique aqui. 

Já para conhecer um pouco mais do trabalho do Grupo Zip e Zap Contos e Canções, clique aqui.

quinta-feira, 15 de março de 2012

O melhor cachorro do mundo

Três amigos brincavam numa praça, cada uma com o seu cachorro, quando decidiram fazer uma competição para saber quem tinha o melhor cãozinho.

- Fido, senta!- disse Marcelo ao seu cachorro que o obedeceu imediatamente.
- Deita, rola! - e o cachorro deitou e rolou.

Pedrinho não perdeu tempo e começou a comandar o seu cachorro também:
- Rex, de pé! Agora pula! - e o cão ficou nas duas patas traseiras e começou a dar pequenos saltos desajeitados.

Cadu achou muito legal a obediência dos dois cãezinhos e observava admirado. Mas agora era a sua vez de mostrar que a sua cachorrinha também sabia fazer uns truques.

- Tita, senta! - e a cachorra não fez nada.
- Senta, rola, pula - e a cachorrinha nada fazia, apenas ficava imóvel e olhava com uma alegria sincera ao seu dono.

Ao verem a cena, Pedrinho e Marcelo caíram na gargalhada e começaram a caçoar:
- Sua cachorra não sabe fazer nada, lá lá lá.

Cadú ficou muito triste e já estava se preparando para ir embora quando encontrou um pequeno graveto no chão e o pegou

- Vai buscar, Tita! - e a cachorra disparou igual a um foguete e voltou como um raio com o graveto na boca e o devolveu a Cadú, que o arremessou novamente.

A cena se repetiu algumas vezes. Agora, quem observava admirado a cena eram Pedrinho e Marcelo que rapidamente trataram de achar os seus próprios gravetos e começaram a mesma brincadeira com os seus mascotes que durou a tarde inteira.

Naquele dia as crianças perceberam que um bom cão não é aquele que sabe fazer mais truques, deitar ou rolar na hora em que for mandado. O melhor cachorro é aquele que está disposto a brincar a com a gente a qualquer momento. E para elas, aqueles três cachorros eram sem dúvidas os melhores cachorros do mundo.

Por César Mengozzi



domingo, 11 de março de 2012

O casamento das minhocas

O Minhoco e a Minhoquinha resolveram se casar. A alegria foi geral no terreno. A notícia logo se espalhou e todas as minhocas da região se propuseram a ajudar na festa. Bolo, decoração, banda. Aos poucos, todos os detalhes da festa eram resolvidos e o casal de noivos mal podia se aguentar de tanta ansiedade.

Chegou o dia da grande festa, mas essa não seria uma festa comum. Seria também um casamento a fantasia. E havia de tudo, minhoca fantasiada de cobra, de rolo de macarrão e até mesmo de centopeia. Todas as minhocas estavam lá. Quer dizer, quase todas.

A única minhoca que não estava presente era Zequinha, uma minhoca muito tímida que adorava passar horas e horas na internet. Era daquelas que tinham uma porção de amigos no Facebook, centenas de seguidores no Twitter, mas amigos de verdade Zequinha não tinha. Até havia sido convidada, mas não gostava muito de sair, mas quando a festa começou logo ficou curiosa e foi dar uma espiadinha.

Zequinha chegou na festa tímida e discretamente e tratou de convidar o casal de noivos. A alegria do local foi contagiando a tímida minhoca, que olhava admirada aquele baile divertido e curioso de fantasias. De repente, Zequinha saiu em disparada em direção a sua casa.

Quando os convidados ainda se peguntavam o que havia acontecido, Zequinha volta para a festa com uma divertidíssima fantasia de banana para dançar e se divertir pelo resto da noite. Ao final da festa, todas as minhocas concordaram em eleger a fantasia de banana como a melhor da festa, o que deixou Zequinha muito feliz. 

Zequinha percebeu naquela festa que estava passando muito tempo atrás da tela de um computador e estava deixando de aproveitar grandes momentos como aquele. A partir daquele dia, Zequinha decidiu que ficaria menos tempo navegando na internet e passaria mais tempo brincando no terreno com amigos de verdade.

* este texto é baseado na música "o casamento das minhocas", da dupla Palavra Cantada. 






sábado, 10 de março de 2012

O aniversário da Dona Raposa

A floresta estava em festa. Naquele dia era o aniversário do Dona Raposa e toda a bicharada tinha sido convidada. Uma banda de sapos e cigarrava animavam o evento com um divertido coachar misturado a cri-cris e a animação era geral. Todos os animais não paravam de dançar. Todos menos um. Até agora, a anfitriã da festa não havia chegado. Mas afinal, onde estava a Dona Raposa?

Em outro ponto da floresta, não muito longe dali, a Dona Raposa ainda estava em sua casa. Os que a conheciam sabiam bem de sua vaidade e o motivo dela ainda não ter ido em sua própria festa não poderia ser outro. Passou um grande tempo alisando o sua enorme pelagem, demorou uma eternidade para escolher o laço que iria enfeitar sua cabeça e ainda faltava escolher a cor do batom, dos brincos, colares... Sem perceber, os minutos foram passando e logo se transformaram em horas.

Lá na festa, a animação começava a tomar tons de preocupação. Afinal, por onde andaria a Dona Raposa? O que poderia ter acontecido? - Ela pode ter se perdido - bradou o coelho. -Ou pode estar machucada. - levantou a tartaruga. Logo, as perguntas tomaram conta do ambiente e nenhum animal conseguia responder a este mistério.

A dona Coruja parecia ser o único bicho que havia desvendado o mistério e, discretamente, voou até a casa da amiga. Ao chegar, encontrou a Dona Raposa chorando, mas muito bem arrumada, e tratou de sentar ao seu lado.

- Eu estraguei tudo. - lamentou a raposa - Quis ficar tão bonita para a minha festa que não vi a hora passar, quando menos percebi, era muito tarde para chegar. Imagine, Coruja. Como iriam me olhar se chegasse atrasada?
- Vamos lá, Raposa - consolou a coruja - Você não pode ser tão vaidosa. Afinal, lá você só encontraria os seus amigos.
- Eu sei. - disse a raposa já se retirando para sua casa - Mas o que eles iriam pensar se me vissem feia? - e encerrou a conversa fechando a porta.

A dona Coruja saiu voando, triste pela amiga. Mas aquela conversa havia lhe dado uma excelente ideia. Ainda naquela noite, enquanto a Dona Raposa já se preparava para dormir com um surrado porém confortável pijama, já sem a maquiagem e os pelos já embaraçados ela escuta a Dona Coruja bater em sua porta.

- Raposa, Raposa - gritou a coruja - Abra a porta! Você precisa ver isto.

Ao abrir a porta viu que todos os seus amigos estavam em seu quintal, vestindo pijamas.

- Feliz aniversário, Dona Raposa!!! - Gritaram todos ao mesmo tempo.

Acontece que, ao voltar a festa, a Dona Coruja explicou a todos os convidados da festa o que haviam acontecido e decidiram prepararam uma festa do pijama surpresa para sua amiga. Inicialmente, a Dona Raposa ficou sem reação. Todos os seus amigos a estavam vendo desarrumada e o que iriam pensar? Mas, e daí?

Rapidamente, a surpresa foi se transformando em felicidade. Ela sabia que não estava usando uma roupa de festa, ou o laço mais bonito, ou o brinco mais brilhante mas nunca havia se divertido tanto em uma festa. Naquela noite, ela percebeu que seus amigos a queriam por perto pelo que ela realmente era por dentro, e não pelo que queria mostrar por fora.

quinta-feira, 8 de março de 2012

O papai foi trabalhar

-Mamãe, cadê o papai? - perguntou o pequeno Bruno ansioso pela resposta que já estava cansado de tanto ouvir.
- O papai foi trabalhar - respondeu a mamãe pela milésima vez, já sem dar muita atenção à criança.
Naquele momento muitas coisas passaram na cabeça do menino. Onde será esse trabalho que o papai tem que ir todo dia? Será que ele é um astronauta e todos os dias viaja pelo espaço visitando diversos planetas? Não. Ele deve ser um jogador de futebol que treina todos os dias pra marcar um montão de gols pra mim. Ou será que ele é um corajoso bombeiro que todos os dias veste um grande capacete, passeia em um enorme caminhão vermelho e, de quebra, salva uma porção de gatinhos que ficaram presos em cima de árvores?
De repente o portão da casa se abre. Todas as suposições do pequeno sobre o trabalho do pai desaparecem como fumaça e, ao ver quem acabara de entrar, ele só consegue correr em direção desta pessoa, sorrir e gritar: Mamãe, o papai chegou!